
A manhã começou com a exibição do vídeo da presidenta Dilma Rousseff falando sobre a Ditadura Militar e, logo após, com uma apresentação dos alunos da “T3” Alanna Clécia, Maria Luísa, Carlos Albuquerque e Kaio Fernandes da “T5”, com a música “Cálice” de Chico Buarque. Depois das boas-vindas, a plateia assistiu a uma cena da novela “Amor e Revolução”, do SBT, e a um depoimento do jornalista e historiador Jarbas Marques.

Anderson Barbosa fez a apresentação do professor Newton Cabral, que iniciou sua aula agradecendo o convite. Newton começou falando das promessas da Junta Militar que assumiu o poder após a deposição do presidente João Goulart (como restaurar a legalidade, reforçar as instituições democráticas ameaçadas, eliminar o perigo da subversão e do comunismo e punir os que enriqueceram no governo via corrupção).

O professor explicou sobre o Ato Institucional nº 1 (baixado em 09 de abril de 1964); sobre o governo do General Humberto de Alencar Castelo Branco; a “Operação Limpeza” (dando como exemplo a UNE que foi alvo dessa operação no dia 1º de abril, ao ter a sua sede invadida e incendiada). Citou também os sindicatos trabalhistas e as Ligas Camponesas que foram atingidos, a estruturação do Novo Estado com a criação do Serviço Nacional de Informações (SNI). “O primeiro orçamento do SNI foi de 90 milhões de dólares, que corresponde hoje a 180 milhões de reais”, contou Newton Cabral.
Esclareceu sobre o Programa Econômico; Controle dos salários; a Lei de Greve, onde falou que “criaram mecanismo para que a vida dos trabalhadores ficasse mais difícil”; a Lei do Domicílio Eleitoral e a Lei das Inelegibilidades. “A vitória das oposições em quatro Estados: Guanabara, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso, fez a linha-dura solicitar o cancelamento das eleições e a indicação de novos governadores. Os eleitos tiveram o direito de posse, mas o governo federal indicaria os Secretários de Segurança”, contou o professor.

No segudo momento, o professor fez umas sugestões de filmes e livros sobre o tema do aulão e falou do Governo Médici e a radicalização política; Operação Vale do Ribeira; Guerrilha do Araguaia; das torturas (criação da “cultura do medo”); Aparelho repressivo (Conselho de Segurança Nacional, SNI (Serviço Nacional de Informação, CIEX (Centro de Informação do Exército), CENIMAR (Centro de Informações da Marinha), CISA (Centro de Informações da Aeronáutica), Serviços secretos de cada um dos ramos das Forças Armadas: E-2, M-2 e A-2, DOI (Departamento de Operações e Informações), CODI (Centro de Operações de Defesa Interna), DPF (Departamento de Polícia Federal) e DOPS (Departamento de Ordem Política e Social)).
Newton mencionou o “milagre econômico” no governo de Médici, e os seus prejudicados. Falou do governo de Geisel e a distensão; da Lei Falcão; a Anistia Política; das eleições de 1982; e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para finalizar sua aula, o professor Newton contou sobre o governo de João Batista de Oliveira Figueiredo, onde surgiram os partidos: PDS (Partido Democrático Social) – Situação; PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) – Setores mais à esquerda e de centro do antigo partido; abrigava também os membros do PCB e do PC do B; PT (Partido dos Trabalhadores) – Líderes sindicais, membros de organizações e comunidades de base; PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) – Herança do trabalhismo populista de Vargas; PDT (Partido Democrático Trabalhista) – Resultado de uma cisão no PTB; PP (Partido Popular) – Capitalistas e membros dos setores financeiros, além da antiga ala conservadora do MDB.

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